quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Estrias como evitar e prevenir

As estrias são o resultado da rupturas das fibras elásticas da pele que por vários motivos enfraquecem e não aguentam a tensão, no entanto e como muito gente já sabe são lesões irreversíveis.

Estas aparecem como lesões avermelhadas alongadas, com uma superficie fina e enrugada, que com o tempo tornam-se esbranquiçadas e nunca desaparecem.

As principais causas das estrias são:
- obsesidade, qualidade do tecido conjuntivo, crescimento repentino (acontece muito nos rapazes), hereditariedade, alterações hormonais e gravidez, utilização de alguns medicamentos.

1. Alterações hormonais: aumento da produção do hormônio estrógeno na puberdade e na gravidez. Na gravidez percebe-se porque este fenômeno é agravado pelo estiramento da pele. Durante a fase da puberdade ocorrem também estes dois factores – hormônios e estiramento da pele, no entanto ocorrem de forma congruente, e por isso torna-se quase inevitável o surgimento de estrias, por isso tanto num caso como no outro a prevenção precisa de ser redobrada.

2. Uso de medicamentos: a utilização de alguns medicamentos que alteram a hidratação normal da pele, como no caso dos corticóides, estes aumentam a retenção de líquidos, ocasionando a formação de edemas pelo corpo o que leva a uma diminuição da elasticidade da pele e por seu lado torna-a mais propensa ao estiramento das fibras elásticas.

3. Crescimento acelerado (principalmente nos rapazes): o estiramento da pele também pode ocorrer devido ao crescimento acelerado entre os 12 e os 16 anos. É muito comum nesta fase de crescimento surgirem estrias nas costas, braços e pernas.

4. Efeito sanfona: emagrecer e engordar repetidas vezes causa um estiramento excessivo da pele e muitas vezes esta não resiste, originando o surgimento de estrias.

5. Hereditariedade: se já for um problema de familia, você terá uma grande probabilidade de ter também, pois é uma caracteristica genética a nível do tecido.

Mas podem ser disfarçadas, com a utilização de cremes específicos. Estes além de tornarem as estrias existentes menos vísiveis também podem prevenir o aparecimento de novas. Assim, o primeiro cuidado que precisamos de ter para prevenir o surgimento de estrias consiste em termos o hábito de hidratar a pele diariamente.

Os truques para não aparecerem mais estrias são:
- A pele deverá estar sempre bem hidratada, pode utilizar óleo de bebé depois do banho, pois hidrata a pela e aumenta a sua elastecidade. Pode também utilizar cremes ricos em colágeno, elastina, óleos vegetais e outros agentes hidratadores;
- Deve beber muita água e praticar uma alimentação adequada;
- Deve evitar grandes aumentos ou perdas rápidas de peso (efeito sanfona);
- Deverá ter bons habitos alimentares, pois estes garantem ao nosso organismo a capacidade de renovação celular e favorece ao surgimento de tecido mais firme e de maior qualidade que suporta as oscilações de peso.
- Deverá ter também uma alimentação rica em colágeno e vitamina C.

O colágeno é um dos nutrientes mais importantes para prevenir a criação de estrias.

Este nutriente é uma proteína abundante no corpo - pele, ossos, cartilagens, tendões, pulmões e que deixa a pele mais firme e bonita. A sua principal função é estrutural, proporcionando a sustentação às células, mantendo-as unidas, fortalece os tecidos, promove a elastecidade, realiza a distribuição de fluidos em vasos sanguíneos e linfáticos.

No entanto, o nosso organismo começa a reduzir a sua produção a partir dos 25 anos, e aos 50 anos produz apenas 35% do colágeno necessário. As pessoas que estão muito expostas ao sol, stress e ao tabaco tendem a iniciar este processo de perda mais cedo. A perda do colágeno no nosso organismo, pode ser atenuada por uma alimentação equilibrada e algum exercício.

Assim, uma alimentação rica em colágeno garante que a nossa pele não perca a elasticidade natural e não permite o estiramento da mesma, o que faz com que a formação de estrias não exista. O colágeno deve ser consumido diariamente (duas a três vezes) ao dia. Um optima fonte de colágeno é a gelatina e alimentos que contenham fibras e aminoácidos, tais como ovos, carne, peixe. No entanto, existem também comprimidos com colágeno em pó à venda nas farmácias.

Para melhorar a produção de colágeno devem-se consumir alimentos que contenham vitamina C, vitamina E, cobre e selênio.

Assim, os principais alimentos firmadores da pele são:
- Proteinas magras: atum, salmão, ovo, peito de peru ou frango, iogurte desnatado
- Vitamina C: cajum kiwi, acerola, goiaba, laranja, cenoura e pepino
- Vitamina A e E: cenoura
- Zinco: avelã, amêndoa, castanha do pará, ovos e frutos do mar.
- Selenio: nozes, salmão, arroz preto, frango e carne.
- Silício: aveia, cevada, salsa, nabo, avelã, feijão, centeio, trigo, banana, alho, alcachofra, cebola, aspargos, mel, morango, nabo, pepino, pinhão e tâmara.
- Cobre: figado de bovino, caju, avelãs, cogumelos, lentilha e aveia.
- Enzimas que fortalecem o colágeno e as fibras elásticas: abacaxi
É também preciso evitar alguns alimentos e hábitos com o álcool, o fumo e a gordura saturada.

Genes no cérebro associados à obesidade

A obesidade é actualmente, no mundo inteiro, um dos mais importantes factores que contribuem para o aparecimento de muitas doenças. Muito se tem estudado sobre a etiologia desta patologia, e muitas vezes o “porquê” das pessoas terem esta doença está relacionado com a genética.

Os genes são os principais responsáveis pelo rápido ou lento metabolismo de cada pessoa e consequentemente pela obesidade. A sua hereditariabilidade chega a 70%, e é poligénica complexa, isto é, existe uma base genética que é composta por um conjunto de genes, uns patológicos outros variantes do normal, que são responsáveis pela tendência para a doença.

Para além da base genética, existe ainda o meio ambiente, que pode ser favorável ou desfavorável. Assim, temos a seguinte equação para a obesidade -> Genes + Ambiente = Obesidade.

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina de Harvard identificou 18 tipos de genes associados á obesidade e 13 associados á massa corporal.
Muitos destes genes estão activos no cérebro, sugerindo que os processos que levam à obesidade podem afectar o comportamento, em vez de afectar os processos quimicos que provocam o metabolismo e fornecem energia para o corpo.

É incrivel que no nosso cérebro existam mais variações genéticas que influêciam a obesidade do que nos tecidos adiposos ou no processo digestivo. Uma parte do nosso cérebro chamada hipotálamo controla a maioria das funções básicas do corpo, como a temperatura, a forma e os fluidos. É aqui que são realizados os “cálculos” para a manutenção do equilibrio entre a ingestão e o consumo de energia.

O aumento de peso ocorre quando a quantidade de calorias ingeridas excede a quantidade de energia consumida, no entanto, existe ainda outro elemento para a equação que são os processos comportamentais, como o apetite e o sentimento de saciedade (ambiente), e os processos bioquimicos que consistem no que os nossos corpos usam para consumir e armazenar energia.

Não podemos mudar os genes, mas podemos alterar o “ambiente”. No entanto, á medida que vão sendo descobertos novos genes associados á obesidade, os cientistas esperam encontrar novas formas de tratamento para a doença, para que no futuro possamos escolher o melhor tratamento consoante o perfil genético individual, também será possivel verificar em laboratórios se a pessoa em causa é portadora de genes que aumentem a sua tendência para a obesidade, para assim podermos ser mais insistentes e precavidos na prevenção desta patologia.